O Lugar onde tudo se inicia
Ao longo de milênios, o mundo passa por transformações frequentes. Grande parte delas está registrada na história. Muitas delas repercutem até hoje, tanto para o lado bom quanto para o lado ruim. Grandes filósofos e historiadores vão dizer que é uma questão de ponto de vista. Na verdade, tudo é uma relação de causa e efeito, porém, só se sabe disso depois de muitos anos da ocorrência do fato. Assim, tentará se discutir para determinar o que realmente foi causa e o que foi efeito. Na maioria das vezes não se encontra nenhuma resposta precisa a este problema. De certa forma é assim que as revoluções industriais são estudadas e observadas nos tempos atuais. Tenta-se constantemente se estabelecer uma relação de causa e efeito sem ter a mínima noção da causa. Ou seja, temos que perceber que alguma coisa aconteceu nos séculos passados que acarretou o surgimento das revoluções industriais e, consequentemente, a evolução da tecnologia. Eis um questão altamente complexa, como perceber isso?
Sob o ponto de vista social há uma série de fatores que levaram a tal marco na história. Sob o ponto de vista filosófico idem. Entretanto, este pequeno artigo não tratará deste tema visto que o presente autor não tem conhecimento necessário para debatê-lo. Vou direcionar a discussão para o ponto de vista organizacional se colocando no papel de um gestor, seja ele de uma grande, média ou pequena empresa, e tentar traçar alguns planos para ajuda-lo a entender as causas. Causas que em muitos casos são denominadas de problemas, gaps, lacunas, barreiras, fragilidades, entre outras notações semânticas.

O problema em questão é entender como a minha empresa está a luz da quarta revolução industrial. Mas o que é a quarta revolução industrial? Para falar a verdade, ninguém sabe, mas todo mundo diz que sabe. Na minha visão, a Indústria 4.0, como é chamada comercialmente, é uma junção de elementos técnicos, humanos, sociais, filosóficos, científicos etc. voltado à uma construção de um ideal (que nunca chega). Em linhas gerais, é a tentativa do homem em buscar a perfeição via ciência. Tal missão, no meu modo de ver, é impossível porque a forma como se deseja alcançar isso é equivocada. Uma parte da ciência, a tecnológica, tenta reduzir todos os problemas a uma mera solução com viés tecnológico. Todavia, esquece que unir o ser humano com a tecnologia é uma das dificuldades que todas as revoluções industriais encontraram desde o século XVIII – que até hoje não tem solução. Não basta ter um aplicativo avançado ou um sistema na nuvem, o problema real está na interpretação da necessidade da tecnologia em nossas vidas. É muito comum você se deparar com um gestor antiquado que vive na idade da pedra que te faz a seguinte pergunta: Se nós (empresa) chegamos até aqui sem toda essa tecnologia, por que devemos aceitar isso para seguir adiante? O que me garante que serei melhor do que os outros se for por este caminho? Importante ressaltar que quem fala isso é uma pessoa que possui experiencia de vida, seja ela boa ou ruim, diferente de um adolescente mimado que está apenas começando a viver.
Eu tenho medo de mudanças. Um gestor tem medo de mudanças. O ser humano tem medo de mudanças. Mudar é um ato muito mais profundo e complexo do que muitos pensam. Para se gerar uma mudança, torna-se fundamental o acesso a fatos e dados coerentes. Isso sustenta uma outra ciência denominada analítica. Ela vive de informações que são coletadas do ambiente. Tais informações precisam ser correlacionadas para se chegar a um entendimento (há inúmeros entendimentos que variam de acordo com a percepção do indivíduo). Tais dados, quando agrupados, podem desenhar um cenário do estado atual de uma organização, por exemplo. Quando se aumenta a escala de coleta destas informações, e novamente correlacionando-as, tem-se aspectos que se equivalem hierarquicamente podendo gerar um modelo. Este modelo, se devidamente validado pelas partes interessadas, pode ser classificado como diagnóstico. E é com base nos resultados de um diagnóstico que o gestor compreenderá como estão as coisas no seu âmbito de atuação. Confronta-se aqui a percepção de uma realidade com um fato (via evidências) e, assim, pode-se ter bons argumentos para responder as perguntas apresentadas anteriormente. Em suma, no meu entendimento como pesquisador, tudo passa por um bom diagnóstico – nem que leve meses (desde que seja eficaz). Com isso, um gestor bem intencionado terá os subsídios necessários para tomar uma decisão efetiva no momento adequado.
A Go44 Transformação Digital surgiu como uma entidade que propõe uma solução para este problema. Se tudo parte de um bom diagnóstico, como se faz um bom diagnóstico? Quais elementos eu considero? Que modelos (conceituais ou matemáticos) eu utilizo? Como eu interpreto isso ao meu cliente? Que tipo de ferramenta poderá ajudá-lo? Estas e outras perguntas poderão ser respondidas pela equipe Go44. Somos seres humanos e não máquinas. Somos pesquisadores de diferentes titulações, e não apenas palpiteiros atrás de likes em redes sociais. Somos pessoas interessadas em ajudar a compreender aquilo que não se compreende direito sobre a quarta revolução industrial. Venha até nós! Entre em contato conosco! Exponha a sua dor para que possamos te ajudar.
Agradeço a todos os colegas, amigos, sócios, desenvolvedores, pesquisadores etc. que fazem parte da Go44. Abrimos a porta para uma nova jornada em nossa empresa. Uma jornada de muita prosperidade e sucesso que marcará para sempre as nossas vidas.
Sejam bem-vindos ao próximo nível de conhecimento!
Sobre o autor
Luiz Felipe Pierin Ramos – Formado em Engenharia de Controle e Automação na PUCPR em 2009. Mestre em Engenharia de Produção e Sistemas em 2018 na PUCPR. Doutorando em Engenharia de Produção e Sistemas na PUCPR desde 2019. Atuou por 10 anos em grandes empresas como Renault, Electrolux, Mondelez, CNH e Volvo. Especialista em implementação da Transformação Digital e Indústria 4.0 em conjunto com o Lean Manufacturing.